Carta aberta à Ex – Secretária de Educação do Município de Aracaju

05/05/2022 17:06

Carta aberta à Ex – Secretária de Educação do Município de Aracaju

Ilustríssima Professora Drª Maria Cecília Tavares Leite,

 

Dirigimo-nos, de forma cordial, a Vossa Senhoria para dizer que o Magistério Público Municipal de Aracaju e os estudantes esperavam e mereciam muito mais da então Gestora da Educação Municipal, que assumiu a pasta em 1º de janeiro de 2017, passando exatos 5 anos e 5 meses como responsável por todas as políticas educacionais implementadas na Rede Municipal de Ensino, do que uma “nota” de despedida do cargo composta de 5 parágrafos, publicada em rede social na tarde de ontem, 4/5, e encerrando o último com a expressão sofismática “com o coração repleto de gratidão, especialmente pelas inspirações divinas recebidas”.

Esperávamos uma “prestação de contas” sobre os 5 anos e 5 meses da sua gestão na Secretaria Municipal de Educação – SEMED/Aracaju. Como encontrou a Rede Municipal e como está deixando, com dados e fatos apresentados. Afinal, estamos tratando de órgão público, de políticas públicas, de financiamento público da educação. Sobre as “inspirações divinas recebidas”, como podem ser traduzidas pelo Magistério Municipal de Aracaju? As “inspirações divinas” contribuíram para:

  • terceirização/imposição do diário de classe eletrônico para docentes, instalado em plataforma alugada, por custo financeiro altíssimo, e que não atende às necessidades das escolas?
  • abandono da EJA na Rede Municipal de Aracaju, com fechamento de turnos em vários bairros, sem diálogo com a comunidade?
  • iniciar o ano letivo 2022, faltando professoras e professores em várias escolas de uma Rede de Ensino, com apenas 74 unidades escolares?
  • nunca ter realizado a chamada pública, como determina a LDB?
  • depois de escolas sem atividades presencias, por conta da Pandemia do “Corona Vírus”, por quase 2 anos, autorizar reformas nos prédios escolares durantes as aulas presenciais de 2022, prejudicando crianças, professoras e professores, inclusive causando adoecimentos?
  • falta de criação de vagas para atender as necessidades em Creche e Pré-escola, responsabilidade exclusiva do município, conforme legislação vigente?
  • falta de assistência no ano 2020, aos docentes e estudantes da Rede Municipal de Ensino?
  • aquisição de “pacotes instrucionais” sem debate com as escolas?

Essas são questões caras ao Magistério Municipal de Aracaju e, no mínimo, esperava-se uma saída da pasta acompanhada de explicações sobre estas por parte da gestora, que dirigiu os destinos da Educação Pública da capital por longos 5 anos e 5 meses, sem interrupção.

Essa carta é uma problematização necessária sobre a Gestão Pública Municipal de Aracaju. É nosso direito e nosso papel: exigir explicações a quem de direito.

 

Atenciosamente,

Sindipema.

 

“Por um Sindipema Forte e Comprometido com a Luta Coletiva”

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