Professores participam de plebiscito sobre a reforma da Previdência

21/03/2017 08:51

Professores participam de plebiscito sobre a reforma da Previdência

Na última segunda-feira, dia 20 de março, a direção do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (SINDIPEMA) e os professores da rede pública municipal de ensino estiveram presentes no ato público realizado pela Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT/SE) e pela Frente Brasil Popular, no calçadão da João Pessoa, em Aracaju: uma enquete sobre a Reforma da Previdência e a privatização da Deso.

 

Os sergipanos foram convidados a responder duas perguntas específicas: “O que o povo deve fazer com os deputados e senadores que aprovem a reforma da Previdência e trabalhista: não reeleger nunca mais este parlamentar? Tratar como traidores de Sergipe? Ou continuar votando cegamente neles?”. A outra questão era: “Você é a favor de que os governos Jackson e Temer privatizem a água de Sergipe?”. Estas mesmas perguntas foram feitas para as populações de Neópolis, Ilha das Flores, Poço Redondo, Estância, Lagarto, Propriá, Itabaiana, Moita Bonita, Porto da Folha, Capela e Japoatã.

 

Para o presidente do SINDIPEMA, o professor Adelmo Meneses Santos, os sergipanos não podem aceitar passivamente que direitos trabalhistas históricos e conquistados com muita luta sejam retirados por um projeto de um governo ilegítimo. Ele também defende que o bem público local não seja privatizado, no caso da Companhia de Saneamento de Sergipe, pois, segundo ele, nenhum tipo de privatização beneficia a comunidade e muito menos o trabalhador, já que visa apenas o capital.

 

“A Deso é um bem nosso e não podemos abrir mão dela, mais ainda, não podemos entregar um bem tão essencial como a água nas mãos de empresários, que não têm como finalidade o bem social, mas apenas o lucro”, declarou. Quanto à reforma da Previdência, o presidente do SINDIPEMA voltou a ser categórico ao falar que a população tem que ser contra ao que ele classifica como reforma da crueldade, pois vai impor aos trabalhadores um tempo mínimo de contribuição de 49 anos e mais 65 de idade para que possa receber, ao se aposentar, 100% do valor que recebia quando na ativa.

 

“E essa punição será ainda pior para as mulheres, que não trabalham apenas fora de casa, mas dentro do lar também e possuem, muitas vezes, tripla jornada de trabalho sendo mães, esposas e profissionais. O magistério, que é composto em quase sua totalidade por mulheres vai continuar a sofrer com o fim da aposentadoria especial, ou seja, serão mais anos atuando em escolas desestruturadas e sem receberem a devida valorização”, frisou Adelmo Meneses. Os professores da rede pública municipal participaram do ato entregando à população um folheto que continha, de forma detalhada e muito explicativa, as principais mudanças com a reforma proposta pelo governo Federal e os prejuízos que irão causar aos trabalhadores, atuais e futuros.

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