Iniciam as plenárias nas unidades de ensino para a comunidade escolar

14/09/2017 12:30

Iniciam as plenárias nas unidades de ensino para a comunidade escolar

Conforme deliberação da última assembleia geral realizada no dia 12 de setembro foi iniciada na manhã de hoje, 14, as plenárias nas escolas para intensificar, junto à comunidade escolar, as explicações sobre os motivos que levaram os professores da rede pública municipal de ensino a deflagrar greve por tempo indeterminado. A primeira plenária aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Juscelino Kubitschek, localizada no bairro Coroa do Meio. Toda a estrutura para a realização desses encontros está sendo custeada pelo SINDIPEMA, a exemplo da colocação de som, cadeiras e carros de som nos bairros avisando sobre os dias, locais e horários das plenárias.

 

O presidente do sindicato, o professor Adelmo Meneses Santos, apresentou um panorama geral da situação das escolas da prefeitura de Aracaju. Ele abordou questões como a falta de porteiros, vigilantes, profissionais para o setor administrativo e professores em quantidade suficiente para suprir a demanda da rede. Também evidenciou a inexistência de boa infraestrutura para a realização das atividades dentro e fora das salas de aula. Adelmo Meneses fez questão de salientar que a greve foi o último recurso da categoria para forçar a gestão municipal a ouvir o clamor dos professores, clamor que já vem sendo feito há muito tempo.

 

"Estamos mais uma vez conversando com os estudantes, pais e responsáveis por alunos matriculados nas escolas da rede porque temos consciência de que nosso movimento precisa do apoio deles. E para que este apoio seja concreto todos precisam conhecer verdadeiramente a situação do local onde os filhos ou parentes estão matriculados", declarou. Alguns dos professores presentes e que são integrantes de outras unidades de ensino, ou seja, não fazem parte da EMEF. Juscelino Kubistchek, aproveitaram a ocasião para falar sobre a realidade vivida nas escolas onde atuam. "Trabalho na EMEF. Núbia Marques, que funciona num prédio alugado, e lá, turmas diferentes estão se amontoando em um mesmo espaço porque duas salas estão interditadas, além de não termos material para trabalhar. Como podemos nos calar diante de uma situação como esta?", declarou uma das professoras.

 

A estudante Mirela Machado de Jesus, 12 anos, aluna da 7ª série da EMEF. J.K. aproveitou a plenária para expor os motivos que, segundo ela, fazem com que os estudantes repudiem a falta de sensibilidade da prefeitura de Aracaju não somente com os professores, mas também com o alunado. "Necessitamos de carteiras e mesas para o refeitório. Nós, alunos da J.K., temos sido vítimas constante de roubos, principalmente de bicicletas e telefones celulares. Também integro a banda marcial e nossa situação é ruim. Precisamos de instrumentos; de fardamento, pois o nosso está velho, tem mais de cinco anos de uso; nosso instrutor está nos ensaiando há cinco meses e ainda não recebeu salário. Para comprar material de emergência para a banda os alunos fizeram ofício e foram pedir ajuda nas mercearias locais", informou.

 

AS PRÓXIMAS PLENÁRIAS

14 de setembro às 14h -  EMEF. Olga Benário, no Bairro Santos Dumont, localizada na Rua Idalina Bomfim, nº. 250;

 

15 de setembro: 

Às 9h - EMEF. Alcebíades Melo, no Bairro Industrial, localizada na Rua Desembargador Antônio Xavier de Assis, n.º 130;

Às 14h – EMEF. Santa Rita de Cássia, no Bairro América, na Rua Guilherme José Martins, s/n.

  • Ícone Facebook Facebook
  • Ícone Twitter Twitter
  • Ícone Linkedin Linkedin
  • Ícone Whatsapp Whatsapp
  • Ícone Email Email