Professores decidem paralisar as atividades por 24h no dia 26 de junho

Em assembleia geral realizada na tarde desta terça-feira, 20 de junho, os professores da rede pública municipal de ensino decidiram, por unanimidade, parar as atividades em sala de aula por 24 horas na próxima segunda-feira, dia 26 de junho. A paralisação é uma decisão da categoria, que discorda do não reajuste do piso salarial do Magistério, no percentual de 7,64% e em vigor desde 1º de janeiro deste ano. Neste mesmo dia os professores farão um ato público, às 8h, em frente ao Centro Administrativo da PMA, localizado no conjunto Costa e Silva.

 

Até o momento, o prefeito Edvaldo Nogueira não informou à categoria quando vai começar a pagar o piso, e nas duas reuniões feitas com a direção sindical e a comissão de negociação composta por professores da rede, uma no dia 19 de maio e a outra no dia 13 de junho, o prefeito da capital não deu nenhuma resposta concreta à categoria.

 

“Nessa última, ocorrida no dia 13 de junho, o prefeito Edvaldo Nogueira repetiu que era preciso formar uma comissão para avaliar o impacto do reajuste na folha de pagamento, mas não nos disse se iria ou não pagar o piso. O que ficou claro para nós, ao conversar com os secretários Augusto Fábio, Cecília Tavares e Jeferson Passos, integrantes da comissão do governo, é que eles ainda não sabem qual rumo tomar quanto à questão, tanto que nos pediu um prazo de 20 dias para apresentar o estudo do impacto econômico”, declarou, o presidente do SINDIPEMA, Adelmo Meneses Santos.

 

Também ficou definido na assembleia da tarde desta terça-feira que a categoria vai entregar, quando do ato diante da PMA na próxima segunda-feira, um ofício ao prefeito solicitando nova reunião com a comissão de negociação. A categoria também decidiu entrar em estado permanente de assembleia a partir de hoje, 20 de junho; aderir à greve geral nacional no dia 30 de junho, que está sendo promovida pelas centrais sindicais; e que a próxima assembleia dos professores da rede pública municipal de ensino acontece no dia 11 de julho, as 9h30. Além dos pontos de pauta, o presidente Adelmo Meneses passou os seguintes informes:

 

- Prorrogação do prazo, para o dia 27 de junho, da entrega dos documentos dos professores interessados em fazer parte da ação coletiva pedindo ressarcimento das perdas provocadas pela URV;

 

- Andamento das discussões da comissão para o retorno da Gestão Democrática, da qual o SINDIPEMA faz parte, e defende, por exemplo, que não haja participação da SEMED no Conselho Escolar, cuja eleição deve acontecer no mês de setembro, e de que a eleição para coordenador ou diretor (a nomenclatura ainda não foi definida), prevista para o mês de dezembro deste ano, deve ter a participação de toda a comunidade escolar;

 

- Foram relatados os problemas que a burocracia da SEMED tem promovido, principalmente na questão de tramitação de documentos;

 

- E sobre a vitória dos trabalhadores brasileiros na tarde desta terça-feira com a derrota no Senado, por 10 votos favoráveis e nove contrários, do avanço do texto da reforma trabalhista.