Três meses após o início do ano letivo, estudantes da rede municipal continuam sem material e fardamento

25/05/2023 14:18

Três meses após o início do ano letivo, estudantes da rede municipal continuam sem material e fardamento

Mochilas que foram distribuídas nas escolas
Mochilas que foram distribuídas nas escolas

No dia 25 de abril, o governo municipal de Aracaju organizou uma cerimônia para anunciar a entrega dos kits de material escolar que, de acordo com informações oficiais, teriam custado aos cofres públicos R$ R$ 9.600.618,50. Já os fardamentos, teriam custado R$ 2.998.672,70. Foi anunciada a entrega de 18 kits diferentes, contendo itens como mochila, cadernos, lápis, estojo, squeeze, borracha e outros. 

 

Ao contrário do que foi alardeado, em muitas escolas esses kits não chegaram. Há casos também de fardamentos com a numeração errada e kits incompletos, mesmo três meses após o início do ano letivo. É o que identificou a direção do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema). 

 

Na Escola Municipal de Educação Infantil Professora Áurea Melo Zamor, no bairro São Conrado, as crianças continuam sem fardamento. “Na Áurea Zamor chegaram mochilas, garrafinhas, mas não chegou fardamento para nenhuma criança. Já estamos no mês de maio, faltam apenas dois meses para o encerramento do primeiro semestre. O que justifica não ter ainda os materiais para todos os estudantes?”, questiona a professora Sandra Beiju, que também é vice-presidente do Sindipema. 

 

Já na Escola Municipal de Ensino Fundamental Juscelino Kubitscheck, no bairro Coroa do Meio, os materiais chegaram incompletos. “Desde a época de matrículas que a Semed está anunciando a entrega dos kits escolares e fardamentos. Mas, não chegou nem as camisas da farda nem os materiais. Outras escolas já receberam o fardamento, mas não para todos os estudantes. Em outras, os fardamentos chegaram, mas faltando ainda a camisa de Educação Física, por exemplo. Em cada escola há um caso diferente de desorganização”, explica o diretor da escola e secretário de Formação do Sindipema, Cláudio de Brito. 

 

Falta de planejamento

 

A falta de planejamento e organização por parte da gestão municipal também tem ocasionado mal estar entre as famílias dos estudantes e a direção das escolas. “Como não existe uma política de comunicação direta da Semed com as famílias, as mães e os pais estão indo às escolas cobrar da direção como se nós fôssemos os responsáveis pelo cuidado e entrega dos materiais”, afirma Cláudio de Brito. 

 

Em algumas escolas, não chegou sequer o material do corpo docente. “Nós não recebemos nem as mochilas das crianças e nem o material das professoras e professores. A informação que recebemos da Semed é que as rodinhas das mochilas para as crianças não era de boa qualidade e por isso devolveram ao fabricante para refazer a entrega”, afirmou Adriana Fernandes, diretora da EMEI Manoel Eugênio Nascimento, no bairro Santos Dumont. 

 
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