09/05/2025 Noticias Gerais

Sindipema nas escolas dialoga com a categoria

Sindicato denuncia estruturas precárias, falta de pessoal e muro prestes a desabar em uma das escolas do município

A educação pública de Aracaju requer atenção! No mês de maio, a direção do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) continua a realização de visitas às escolas da rede, conversando com os profissionais da educação, registrando dados sobre a situação de cada unidade de ensino a respeito da estrutura física, materiais didáticos, superlotação de turmas e pessoal de apoio — principalmente para atendimento de estudantes atípicos.

Até o momento, alguns dos problemas constatados nas primeiras visitas são: afastamento da Secretaria de Educação na resolução dos problemas junto à comunidade escolar; pouca ou nenhuma melhoria nas estruturas físicas; ausência de material e livros didáticos; ausência de profissionais — principalmente cuidadoras e mediadoras; e riscos graves à integridade física de alunos e trabalhadores.

As visitas acontecerão em todas as escolas da rede. É importante informar à categoria que o intervalo e o número de escolas visitadas serão diferentes do habitual, já que essas exigem um maior tempo em cada unidade, dialogando com a categoria, além do registro de imagens das estruturas. Diante do cenário preocupante em diversas unidades escolares da capital sergipana, o tempo de visitação é maior.

Muro em colapso

Entre os casos mais alarmantes está o da EMEI Dom Avelar Brandão Vilela, localizada no bairro Olaria, cujo muro está em colapso iminente. Com a chegada da temporada de chuvas, a escola já enfrenta alagamentos, e o muro deteriorado não deve resistir às próximas precipitações. A estrutura está visivelmente comprometida, e o risco de desabamento é alto. O muro, nos dois lados da escola, está prestes a cair!

A Secretaria de Educação tem conhecimento do estado do muro há mais de dois anos. Em 11 de abril deste ano, um técnico da Semed respondeu: “Vamos inserir uma visita técnica em nossa programação, para visualizarmos e avaliarmos com urgência o serviço que foi solicitado.” Porém, até o momento, nenhuma providência foi tomada.

Diante das chuvas nos primeiros dias de maio, a escola ficou completamente alagada, e a Secretaria não prestou qualquer assistência: não enviou uma equipe para a escola, não acionou demais secretarias que poderiam auxiliar na limpeza, tampouco visitou a unidade após o ocorrido. A água das chuvas se misturou às águas de esgoto, ratos e baratas. Durante a visita à unidade de ensino, o Sindipema constatou uma marca d’água na secretaria da escola de aproximadamente 10 centímetros — a água adentrou as salas de aula, contaminando todo o ambiente.

“Essa falta de apoio às professoras nos assusta e entristece, já que a situação não afeta só professoras e demais profissionais da educação — é também uma ameaça direta à vida das crianças. Já vimos telhados de escolas desabarem em dias de chuva. Não podemos esperar pelo pior para agir”, enfatiza Obanshe Severo, presidente do Sindipema.

EMEF Oviedo e visitas

Além disso, na EMEF Oviêdo Teixeira, observamos a presença de um quiosque na entrada da escola que apresenta risco de desabamento, colocando em perigo a integridade física de toda a comunidade escolar. O que também exige uma ação imediata da secretaria responsável. 

Nos primeiros meses do ano, o sindicato investiu tempo na fiscalização das reformas e construções de escolas. Após ser impedido de entrar em uma escola no bairro Industrial, que está passando por reformas, o Sindipema passou a utilizar drones para capturar imagens aéreas do locais e de todas as outras reformas e construções, confirmando as denúncias de obras paralisadas e com poucos trabalhadores. É importante relembrar que a vereadora Professora Sônia Meire (Psol) também já foi impedida de entrar para fiscalizar as obras nas unidades de ensino, mesmo tendo prerrogativas como parlamentar.

Confira abaixo mais registros das visitas e dos problemas encontrados.

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