
Presidente do Sindipema expõe perdas da categoria sem o piso do magistério na carreira
Para os professores e professoras, apenas o reajuste linear dado aos servidores públicos não resolve as perdas históricas da categoria; luta da categoria é por piso na carreira
Na manhã da quarta-feira, 11, o presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), professor Obanshe Severo, usou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), graças a intermediação do vereador Iran Barbosa (PSOL) junto ao presidente Ricardo Vasconcelos (PSD), para expor dados que justificam a luta da categoria pela implementação, por parte da Administração Municipal, da Lei do Piso Salarial Profissional do Magistério repercutindo na carreira, pauta histórica que vem sendo negada desde a gestão de Edvaldo Nogueira e ainda não foi atendida pela atual gestão.
Por conta dessa demora da atual gestão em implementar a lei do piso na carreira, a categoria paralisou as atividades e realizou ato público, em frente ao parlamento da capital, para criticar a inércia da PMA, dialogar com a população sobre o problema e solicitar o apoio dos vereadores.
O professor Obanshe demonstrou, da tribuna, que apenas o reajuste salarial linear de 6% (6,26%) anunciado pela prefeita Emília Corrêa não dá conta de resgatar a defasagem salarial histórica dos profissionais do magistério, estando longe de atender às reivindicações da categoria.
“O reajuste de 6% não alcança nem de perto o que buscamos em nossa luta. A nossa defesa histórica é pelo piso na carreira”, pontuou, destacando que o valor do piso, atualizado, é de R$ 4.867,77 para o início da carreira, valor que deveria ter sido aplicado desde janeiro.
O presidente do Sindipema apresentou para os vereadores uma tabela que demonstra perdas significativas nos vencimentos dos professores, especialmente no topo da carreira. “No último nível, observamos uma perda de mais de R$ 2 mil. Isso a gente não pode aceitar”, disse o sindicalista.
Ainda segundo Obanshe, o déficit salarial é ainda maior para os servidores aposentados, já que a categoria não recebe a Gratificação Especial por Atividade (GEA), mesmo após a vitória judicial do sindicato, em ação coletiva contra o município de Aracaju, estendendo o benefício para todos os professores aposentados.
“Essas pessoas não recebem a gratificação, apesar da nossa vitória judicial no último dia 16 de maio. Nós apresentamos isso para a Prefeitura, mas, infelizmente, ainda não foi considerado. Entre os níveis um e três, esses professores e professoras aposentados têm perdas mensais entre 3 e 5 mil reais, pessoas que dedicaram toda a sua vida à educação”, lamentou.
Confira o discurso abaixo: