15/05/2025 Noticias Gerais

Dirigentes do Sindipema realizam plenárias em escolas da rede e constatam inúmeros problemas

Sindicato realizou visitas de trabalho nas escolas em tempo integral, que apresentam problemas e carecem ainda de melhor regulamentação

Dando continuidade ao diálogo com professoras, professores e equipes diretivas nas escolas da rede pública municipal de ensino de Aracaju, iniciado nas últimas semanas, alcançando as maiores EMEFs e EMEIs, agora a direção do Sindipema realizou visitas de trabalho nas escolas em tempo integral, que apresentam problemas e carecem ainda de melhor regulamentação.

As escolas municipais de Ensino Fundamental em Tempo Integral visitadas foram a Jornalista João Oliva Alves e Maria Ruth Wynne Cardoso. Na plenária com os professores dessas duas escolas, foram constatados problemas relativos às horas de estudo, já que professores nessas escolas cumprem sua carga horária na própria unidade escolar, o que impõe a necessidade de adequações.

“No diálogo com os professores, pudemos perceber, também, que mais uma vez as formações na SEMED estão extrapolando o tempo da hora de estudo. Precisamos discutir isso melhor para que não afete a carga horária dos professores e professoras. Verificamos, ainda, diversos problemas relativos à inclusão, tendo em vista que estudantes deficientes e neurodivergentes ficam o dia todo na escola e nenhum está saindo para fazer os tratamentos e terapias”, aponta o professor Obanshe Severo, presidente do Sindipema.

Segundo o dirigente, é urgente a interação da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social para um real atendimento e inclusão desses estudantes, além do que, faltam mediadores e cuidadores nessas escolas. 

“Não podemos reduzir inclusão apenas à matrícula, porque não é”, acrescentou.

Ainda segundo Obanshe, chamou a atenção, também, a precariedade das estruturas nas duas escolas de tempo integral, que, apesar de se tratar de construções novas, já apresentam goteiras e alagamentos, o que é inadmissível.

“Também verificamos um amontoado de lixo em frente das escolas, que têm crianças que ainda não completaram o seu ciclo vacinal e estão vulneráveis. Isso é preocupante e diz muito de como essa gestão está tratando as escolas da rede”, relatou. 

“Esperamos que a SEMED melhore e que de fato cuide das nossas escolas e que destinem logo o pessoal de apoio, porque é preciso entender que o processo pedagógico deve também ser conduzido por mediadoras e não apenas por cuidadoras”, disse.

Obanshe Severo destacou, ainda, que de maneira geral, é perceptível um certo abatimento dos educadores nas duas escolas, com as professoras bastante desgastadas por estarem praticamente sozinhas, inclusive para resolver os problemas que surgem com a comunidade escolar. 

“É preciso uma maior presença e apoio da SEMED para isso, porque o problema é da rede e não das professoras dessas escolas. Nós, enquanto sindicato, fazemos o possível, mas é preciso cobrar um posicionamento da SEMED, que não está agindo como deveria, fugindo das suas responsabilidades”, denunciou o presidente do Sindipema.

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